A transformação digital acelerou processos, conectou equipes globais e abriu portas para novas oportunidades de negócios. Mas, ao mesmo tempo, trouxe uma realidade inegável: a superfície de ataque das empresas nunca foi tão ampla.
Ataques de ransomware, vazamento de dados e ameaças persistentes avançadas (APT) deixaram de ser exceções e tornaram-se parte do cotidiano corporativo.
E não estamos falando apenas de grandes corporações. Pequenas e médias empresas (PMEs) são alvos preferenciais dos cibercriminosos, justamente por não investirem o suficiente em infraestrutura de segurança.
A boa notícia? Com uma abordagem estratégica e consistente, é possível minimizar riscos e proteger os ativos digitais mais críticos. E é aqui que entra o nosso Checklist de Cibersegurança: um guia eficaz, baseado em boas práticas internacionais e adaptado à realidade das empresas brasileiras.
Por que um checklist de cibersegurança é fundamental para PMEs?
Segundo dados da Fortinet, mais de 80% dos ataques cibernéticos bem-sucedidos ocorrem por falhas básicas de segurança. Ou seja, a maioria das invasões poderia ser evitada com medidas simples e preventivas.
Além disso, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) estabeleceu responsabilidades claras sobre a proteção de informações sensíveis. As empresas que negligenciam a segurança digital não apenas correm riscos técnicos, mas também jurídicos e reputacionais.
1. Inventário de ativos digitais
A segurança começa com a visibilidade. Sem saber o que você possui, é impossível proteger.
- Liste todos os dispositivos conectados à rede: notebooks, desktops, smartphones, impressoras, roteadores.
- Mapeie também os softwares, aplicativos SaaS, licenças e acessos.
- Atualize esse inventário sempre que houver mudanças (novos colaboradores, troca de equipamentos).
2. Antivírus e antimalware sempre atualizados
Ferramentas de segurança são sua primeira linha de defesa.
- Utilize soluções corporativas robustas (e não versões gratuitas).
- Mantenha atualizações automáticas e varreduras periódicas ativas.
- Garanta que todos os dispositivos, inclusive os móveis, estejam protegidos.
3. Autenticação multifator (MFA) em todos os acessos
Senhas fortes são importantes, mas não suficientes.
- Implemente MFA em e-mails, sistemas internos, VPNs e ferramentas em nuvem.
- MFA reduz em até 99% o risco de invasões, mesmo quando senhas são comprometidas.
4. Política corporativa de senhas fortes
- Defina padrões mínimos: senhas com letras, números, símbolos e no mínimo 10 caracteres.
- Estabeleça a troca obrigatória a cada 90 dias.
- Considere o uso de gerenciadores de senhas para controle e armazenamento seguro.
5. Backup automatizado e testado
Dados críticos precisam de um plano B.
- Configure backups automáticos em nuvem ou servidores externos confiáveis.
- Mantenha uma política de backup incremental diário e full semanal.
- Realize testes de recuperação para garantir que os dados possam ser restaurados em caso de ataque.
6. Firewall e VPN configurados e monitorados
- Firewalls devem ser implementados tanto no perímetro (rede corporativa) quanto nos endpoints.
- VPNs corporativas são essenciais para acessos remotos seguros, especialmente em regimes híbridos de trabalho.
- Monitoramento contínuo de tráfego e acessos é fundamental.
7. Gestão de acessos e permissões (Zero Trust)
- Adoção de um modelo de confiança zero (Zero Trust): ninguém, dentro ou fora da rede, possui acesso irrestrito.
- Revise as permissões de acesso de todos os colaboradores regularmente.
- Utilize diretórios como Active Directory e soluções de IAM (Identity Access Management) para automatizar o controle.
8. Conscientização e treinamento de colaboradores
A maioria dos ataques começa por engenharia social.
- Realize treinamentos periódicos sobre segurança digital.
- Simule campanhas de phishing para avaliar a maturidade da equipe.
- Crie uma cultura de segurança com materiais educativos: cartilhas, vídeos curtos e dicas semanais.
9. Rotina de atualização de sistemas e patches
- Estabeleça um cronograma de atualização de sistemas operacionais, softwares e firmwares.
- Automatize a aplicação de patches críticos.
- Evite o uso de softwares obsoletos ou sem suporte técnico.
10. Plano de resposta a incidentes (PRI)
- Crie um plano detalhado de resposta a incidentes: quem faz o quê, quando e como.
- Defina canais de comunicação internos e externos para casos de crise.
- Realize simulações (tabletop exercises) para garantir que todos saibam como agir em cenários reais.
Sinais de alerta
- Você não sabe exatamente quem tem acesso a quais dados.
- Dispositivos antigos continuam em uso sem manutenção ou atualizações.
- Backups são feitos de forma manual (ou sequer existem).
- Colaboradores acessam sistemas corporativos via redes públicas sem VPN.
- A última auditoria de segurança foi… nunca.
Cibersegurança não é um produto, é uma estratégia
Aqui na FT Consult, entendemos que segurança digital não é uma solução “de prateleira”. Cada empresa possui um cenário único, com desafios específicos de infraestrutura, compliance e cultura organizacional.
Por isso, atuamos como parceiros estratégicos, oferecendo:
- Diagnóstico completo da sua infraestrutura de TI.
- Planejamento personalizado de cibersegurança.
- Implementação de soluções de proteção, backup e monitoramento.
- Conformidade com a LGPD e demais regulamentações.
Quer saber como está a segurança da sua empresa? Fale com a gente.
